Último livro escrito por Augusto Boal, antes de sua morte, A Estética do Oprimido celebra uma parceria entre a Funarte, o Ministério da Cultura e a Editora Garamond. Seu lançamento, em 2009, lançou luz sobre o rico acervo que a Funarte possui dedicado à obra do diretor e dramaturgo, que ganhou reconhecimento internacional a partir da criação do Teatro do Oprimido, metodologia que coloca a arte a serviço da inclusão social.

No Centro de Documentação (Cedoc) da instituição, é possível encontrar fotos que revelam a atuação de Augusto Boal na condução do Teatro do Oprimido. São imagens que conectam ao pensamento do homem que contribuiu de forma definitiva para a criação de um teatro que retratasse o Brasil, que desse voz e rosto verdadeiros ao país, graças às peças de forte cunho contestador que dirigiu no revolucionário Teatro de Arena durante os anos 50 e 60.

Fotos digitalizadas de montagens do lendário grupo que teve Boal com um de seus pilares também compõem o acervo agora disponibilizado graças ao projeto Brasil Memória das Artes.

Um vídeo especialmente produzido pela Funarte relembra a trajetória do diretor e dramaturgo, com depoimentos de parceiros de trabalho e de vida, entre eles Paulo José, para quem Boal foi “um mestre, um mago, incansável, dedicado integralmente a pensar teatro”.