Carlos José e Viva Voz na Série Seis e Meia
Ouça o show realizado em 1980 na Sala Funarte Sidney Miller, no RJ
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Noite Cheia de Estrelas
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Deusa da Minha Rua
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Chão de Estrelas
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Tô Voltando / Desesperar Jamais / O Bêbado e a Equilibrista
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Canção Amiga
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Viagem
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Gente Humilde
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Agonia
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Choro Sim
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Lua Branca
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Castigo
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Ouça
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Modinha (Jayme Ovalle e Manuel Bandeira)
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Modinha (Sergio Bittencourt)
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Modinha (Chico Buarque)
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Mundo de Zinco / Luz e Mistério
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Boto
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Ano Zero/ Bela Bela
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Falando de Amor
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Sala Funarte – Carlos José e Viva Voz – Viola Fora de Moda
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Carlos José fez carreira como intérprete e teve sucesso ao emprestar sua voz a músicas de Maysa e Tom Jobim, entre outros. É irmão de Luis Claudio Ramos, que hoje é o diretor musical de Chico Buarque, e pai de Luciana Medeiros, que nos anos 80 integrou o Viva Voz, grupo que divide este show com o cantor. O sexteto havia sido criado há pouquíssimo tempo antes do show e começou em grande estilo: lançou as primeiras gravações das canções O Bêbado e a Equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanc, e Tô Voltando, de Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro. O show ocupou a Sala Funarte Sidney Miller de 23 de setembro a 4 de outubro.
Ouça o show no player à esquerda e leia a seguir o texto de apresentação do diretor Ricardo Cravo Albin, o roteiro e a ficha técnica do show.
Apresentação de Ricardo Cravo Albin
Nos tempos em que se cultivar a memória musical do país é acontecimento episódico (e faz até certas pessoas torcerem emproadamente os narizes), a importância de Carlos José se cristaliza na medida em que: a) é o único cantor da sua faixa de geração – os anos 50, os anos da bossa-nova – a dedicar-se a que tais; b) é, além de tudo, um dos mais belos timbres vocais de que dispõe o canto popular. Timbre cuja elasticidade poderia fazê-lo um cantor meramente comercial. E de sucesso. Carlos José, contudo, há já quase 25 anos abraçou o Brasil permanente, o eterno, o talvez mais difícil numa sociedade musicalmente consumista e colonizada pela voracidade dos modismos musicais impostos pelas multinacionais do disco e do lazer, que solapam sem dó nem piedade e já esfarrapada alma brasileira. Que só não foi destruída porque é sólida demais e bela demais. O Viva Voz organizou-se a partir da casa/ambiência/espírito brasileiro de Carlos José. A filha Luciana foi a ponte. E as gerações se encontraram. Choque não houve, nem poderia haver, quando as pessoas, jovens ou não, estão conscientes e de olhos bem abertos para o jogo do consumismo, do dinheiro fácil e dos modismos que vêm de fora pra dentro. E o Viva Voz se fez íntegro, puro, com raça e sem jaça. E brasileiro, no seu contemporâneo, na sua justíssima necessidade de outras buscas e outras pesquisas, dentro do repertório de hoje. Que será a melhor e mais saudável memória musical de amanhã.
Enfim, a reunião, pela primeira vez de Carlos José e do Viva Voz, é, acima de tudo, um pacto de consciência.
Consciência musical pró-alma brasileira.
Roteiro
- Noite Cheia de Estrelas (Cândido das Neves)
- Deusa da Minha Rua (Jorge Farah e Newton Teixeira)
- Chão de Estrelas (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa)
- O Bêbado e a Equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc)
- Canção Amiga (Milton Nascimento e Carlos D. de Andrade)
- Viagem (João de Aquino e Paulo César Pinheiro)
- Gente Humilde (Chico Buarque,Vinicius de Moraes e Garoto)
- Agonia (Mongol)
- Choro Sim (Ismael Silva)
- Lua Branca (Chiquinha Gonzaga)
- Castigo (Dolores Duran)
- Ouça (Maysa)
- Modinha (Jayme Ovalle e Manuel Bandeira)
- Modinha (Sergio Bittencourt)
- Modinha (Chico Buarque)
- Mundo de Zinco / Luz e Mistério (Nássara e Wilson Batista/ Beto Guedes e Caetano Veloso)
- Boto (Tom Jobim e Jararaca)
- Ano Zero/ Bela, Bela (Egberto Gismonti e Geraldo Carneiro/ Milton Nascimento e Ferreira Gullar)
- Falando de Amor (Tom Jobim)
- Viola Fora de Moda (Edu Lobo e Capinan)
Músicos
Valdir 7 Cordas (violão), Arlindo Ferreira (violão), Caçula (cavaquinho), Josias (flauta), Ricardo Costa (bateria), Fernando Costa (piano)
Ficha Técnica
Direção/Roteiro/Iluminação: Ricardo Cravo Albin
Iluminador-operador: Ubirajara Vasconcelos Silva
Operador de som: Paulinho Resende
Contrarregra: Ivannides de Carvalho/Marcos Estrela