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Projeto Pixinguinha 1978: o bis de Cartola

Com Carlinhos Vergueiro e Cláudia Savaget, o compositor mangueirense mostrou fôlego ao percorrer 10 cidades no segundo ano do projeto

Cartola e Cláudia Savaget no Projeto Pixinguinha de 1978

Cartola e Cláudia Savaget no Projeto Pixinguinha de 1978

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    • Como um Ladrão – Carlinhos Vergueiro

    • Camisa Molhada – Carlinhos Vergueiro

    • Prendas do Lar – Carlinhos Vergueiro

    • Mormaço – Carlinhos Vergueiro

    • Sim – Carlinhos Vergueiro

    • Acontece – Cartola (1978)

    • Alvorada – Cartola (1978)

    • Tristezas – Cartola

    • Autonomia – Cartola (1978)

    • O Mundo é um Moinho – Cartola (1978)

    • Por que Vamos Chorando – Cláudia Savaget

    • Vida – Cláudia Savaget

    • Valsa – Carlinhos Vergueiro

    • Apresentação dos músicos – Cartola, Carlinhos Vergueiro e Cláudia Savaget

    • Briguemos – Carlinhos Vergueiro

    • Trilha Sonora – Carlinhos Vergueiro

    • Orelhão de Avenida – Carlinhos Vergueiro

    • Trocando em Miúdos – Cláudia Savaget

    • Samambaias – Cláudia Savaget

    • A Cor da Esperança – Cartola

    • Corra e Olhe o Ceu – Cartola (1978)

    • Corra e Olhe o Ceu – continuação – Cartola (1978)

    • A Canção que Chegou – Cartola

    • O Inverno do meu Tempo – Cartola

    • As Rosas não Falam – Cartola (1978)

    • O Sol Nascerá – Cartola, Carlinhos Vergueiro e Cláudia Savaget

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Depois do sucesso em 1977, quando dividiu com João Nogueira um dos espetáculos de abertura do Projeto Pixinguinha, mestre Cartola voltou à estrada em 1978. Desta vez, dividiu o palco com dois novos companheiros: o compositor Carlinhos Vergueiro e a cantora Cláudia Savaget. E, em vez de seis cidades, percorreu um total de dez, distribuídas por quatro regiões do país: Sudeste (Rio de Janeiro e Vitória), Centro-Oeste (Brasília), Nordeste (Salvador, Recife, Maceió, João Pessoa, Natal e Fortaleza) e Norte (Belém).

De maio a julho de 1978, o espetáculo dirigido por Sérgio Cabral contabilizou 24.262 espectadores, que puderam ver de perto o paulistano Carlinhos Vergueiro, projetado nacionalmente a partir da vitória no I Festival Abertura, da Rede Globo, em 1975, com a canção Como um Ladrão, que, aliás, abria o show.  Em seguida, Cartola apresentava seus sucessos românticos (entre eles O Mundo é um Moinho e As Rosas não Falam) e trazia ao palco a carioca Cláudia Savaget, uma de suas cantoras prediletas, que apresentava, entre outros sambas, o inédito Por que Vamos Chorando? (Cartola). Na galeria de áudios ao lado, ouça todas as músicas do espetáculo.

Apresentada por Cartola como “ótima criatura, ótima cantora”, a intérprete cantava ainda Samambaias (Maurício Tapajós e Hermínio Bello de Carvalho) e Trocando em Miúdos (Chico Buarque e Francis Hime), que não estava incluída no programa impresso do espetáculo. Veja o programa na galeria de imagens. Outras duas músicas que entraram no repertório do show sem estar no programa foram O Inverno do meu Tempo (Cartola e Roberto Nascimento) e Corra e Olhe o Céu (Cartola e Dalmo), sendo que a última está dividida em duas partes na gravação que disponibilizamos na galeria de áudios, devido à troca das fitas de rolo em que o espetáculo foi gravado.

Integrante do grupo Bandola, que acompanhou Cartola e João Nogueira na turnê de 1977, o violonista Cláudio Jorge voltou a viajar com o veterano mangueirense em 1978, para a tristeza de João, seu parceiro, que naquele ano fez o Projeto Pixinguinha ao lado de Sérgio Cabral e Maurício Tapajós. “O João não só teve ciúme, como ficamos alguns anos sem nos falar. Assim como eu, ele tinha a emoção à flor da pele, não guardava nada que o incomodasse”, relembra Cláudio Jorge, com saudade do amigo, falecido no ano 2000. “Graças a Deus, depois fizemos as pazes. Participamos de um show juntos, gravei no último disco dele, tomamos umas e ficou tudo certo.”

Em Belém, onde o Projeto Pixinguinha fez parte das comemorações do centenário do Theatro da Paz, Cartola falou ao jornal O Liberal, que publicou a extensa entrevista no dia 16 de julho de 1978, em página dupla, sob o título “Só acreditaram em mim depois de velho”. No texto, assinado pelo jornalista César Augusto, o sambista de 69 anos informou que preparava um novo disco (“Acabei de assinar contrato com a RCA até 1981”) e fez elogios à cidade de Belém (“Quero voltar aqui como turista”) e ao Projeto Pixinguinha (“A satisfação de todos é ver o cantor de perto, apertar-lhe a mão, falar com ele, convidá-lo para ir em sua casa”). Só reclamou do calor da capital paraense, antes de encerrar o bate-papo para ir às compras com Dona Zica, que o acompanhou na viagem. Na galeria de imagens, leia esta reportagem e veja fotos.

A famosa quituteira mangueirense, aliás, nem se importou com um bilhete que o marido recebeu após um dos espetáculos da turnê. Era uma carta de uma jovem fã, que se declarava para o autor de Acontece e enfatizava: não era um amor de filha para pai, mas de mulher por homem. Não só Dona Zica passou o resto da viagem fazendo brincadeiras a respeito do torpedo, como todo o elenco e o próprio Cartola, que “tirou onda”, nas palavras de Cláudio Jorge.

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