Ídolo de grandes músicos, dentre os quais Tom Jobim, o compositor e pianista Custódio Mesquita foi um dos homenageados do Projeto Almirante – iniciativa da Funarte que na década de 1980 lançou 20 discos em tributo a grandes nomes da música brasileira. Suas composições foram reunidas no LP Custódio Mesquita: prazer em conhecê-lo, gravado em 1986 reunindo veteranos e jovens talentos da cena musical da época.

Integrante do time de novatos, o cantor e compositor Marcos Sacramento relembra neste vídeo-documento sua participação no disco, que contou também com Marlene, Ney Matogrosso, Rosana Toledo, Amélia Rabello e o grupo Coisas Nossas.Entre as lembranças do cantor está também o show de lançamento do LP, em setembro de 1987, na Sala Funarte Sidney Miller, ao lado de Marlene e Rosana Toledo.

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Neste depoimento, Sacramento fala de sua carreira na época, quando cantava no conjunto musical Cão Sem Dono e foi convidado pelo pesquisador Paulo Cesar de Andrade e pelo produtor Paulo Cesar Soares, da Funarte, para participar de Custódio Mesquita: prazer em conhecê-lo. “Eu me lembro de ver a capa quando chegou. Me deram um exemplar e falei: puxa, eu ao lado dessas feras todas! Fiquei muito orgulhoso de ter participado desse trabalho, do Projeto Almirante”, conta.

Entre suas memórias, Sacramento relata o episódio em que Marlene, estrela desde a era do rádio, insistiu em permanecer no palco enquanto não estivesse cantando e argumentou com o diretor do show, Vicente Maiolino, que, como atriz que era, saberia ficar anulada quando Rosana Toledo cantasse. O cantor aponta ainda a canção Noturno em tempo de samba para explicar a razão pela qual Custódio Mesquita é, ainda hoje, um dos artistas mais reverenciados por grandes nomes da música brasileira.