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Padre José Maurício Nunes Garcia: Matinas de Finados (1980)

com a Associação de Canto Coral e a organista Betty Antunes

Padre José Maurício Nunes Garcia: Matinas de Finados (1980)

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Figura significativa no panorama da cultura musical brasileira, o padre José de Maurício Nunes Garcia deixou obra marcante e vasta. Possivelmente, a mais vasta entre os compositores brasileiros até sua época. Sem contar as numerosas composições que, sabidamente, desapareceram, vai além de duas centenas o número de obras que se alinham, ainda hoje, em diferentes bibliotecas e arquivos – no Brasil e no exterior. Esse acervo abrange gêneros diversos, predominantemente de música religiosa, o que é natural, mas igualmente voltada para a música pro­fana, a que ele soube dar o testemunho do seu interesse, não só compondo ouver­tures – uma das quais em 1790, bem no início de sua carreira de compositor – ou compondo música de cena para obras dramáticas apresentadas em 1809 no Teatro Régio, mas também valorizando-a como intérprete, cantando modinhas acompanhan­do-se ao violão.

Em seus 62 anos de vida, assiste a três fases da evolução política do país, Brasil Colônia, Reino-Unido, Império. Pode-se dizer que o músico acusa perí­odos igualmente diferenciados, que a linguagem de suas obras distingue, seja nas mais recuadas, que representam como que a evolução natural da música setecen­tista do Brasil, sejam as que refletem uma fase de adaptações às novas condições musicais que se oferecem aos músicos da cidade, cercadas de poderosos argumen­tos no seu envolvimento social. Linguagem posteriormente depurada, como se pode verificar na obra que representa verdadeiro ponto de referência em sua produção, no ano de 1816, quando compõe Ofício e a Missa de Réquiem, a mais divulgada e uma das mais belas de suas obras.

De origem humilde, pele escurecida pela ascendência racial, desde cedo revelou talento. Iniciou-o nos caminhos da música o professor Salvador José de Almeida e Faria, “o pardo”, natural de Cachoeira do Campo (MG), como a mãe do composi­tor. A vida pode ter corrido com tranquilidade para o jovem que aos 25 anos se faz padre – louvado por suas qualidades intelectuais – e que aos 31, já reconhecido como professor de música e com regular bagagem de compositor, é indicado Mestre de Capela da Catedral e Sé (1798).

(leia a íntegra do encarte na galeria de imagens; para melhor leitura, clique em “tamanho máximo”)

Associação de Canto Coral
Betty Antunes, órgão
Cleofe Person de Mattos, regente

Lado A

1 I responsório: Credo quod/ Et in carne mea/ Quem visurus/ Et in carne mea
2 II responsório: Qui Lazarum/Tu eis, Domine/ Qui venturus/ Tu eis, Domine
3 III responsório: Domine: quando/ Quia Peccavi/ Commissa mea/ Quia peccavi/ Requiem
4 IV responsório: Memento mei/ Nec aspiciat/ De profundis/ Nec aspiciat

Lado B

1 V responsório: Hei Mihi/ Miserere/ Anima mea/ Miserere
2 VI responsório: Ne recorderis/ Dum veneris/ Dirige, Domine/ Dum veneris/ Requiem
3 VII responsório: Peccantem me/ Quia in inferno/ Deus, in nomine tuo/ Quia in inferno
4 VIII responsório: Domine, secundum/ Et tu, Deus/ Amplius/ Et tu, Deus
5 IX resopnsório: Libera me/ Quando caeli/ Dum veneris/ Tremens factus/ Quando caeli/ Dies illa/ Dum veneris/ Requiem/ Libera me/ Quando caeli/ Dum veneris

Ficha técnica

Produção – Funarte
Coordenação – Edino Krieger
Assistente – Nestor de Hollanda Cavalcanti
Gravação – Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música da UFRJ, em 18 de junho de 1980
Técnico – Frank Justo Acker
Mastering – Toninho Barbosa – Estúdio Sono-Viso – RJ 1980
Projeto gráfico – Elizabeth Laffayette
Arte-final – Sonia M. De Moraes
Desenho de letra – Braz G. Vieira
Corte – Tapecar Gravações S.A.

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Comentários

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Rodrigo

enviado em 2 de novembro de 2012

O responsário VIII termina com um sopro suave e longo, que não quer acabar, como o daqueles que se vão por conta de uma força maior, mas que partem dessa existência ainda cheios de vida.

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