#

patrocínio:

Lei de Incentivo à Cultura Petrobras
Brasil Memória das Artes
Conheça o Brasil Memória das Artes

Projeto Pixinguinha: turnê em 1981 reúne Carlos José, Viva Voz e Terezinha de Jesus

Encontro do seresteiro paulistano com “cantores da anistia” e intérprete potiguar foi apresentado em palcos das regiões Sul e Sudeste

Carlos José, Viva Voz e Terezinha de Jesus, atrações do Projeto Pixinguinha de 1981

Carlos José, Viva Voz e Terezinha de Jesus, atrações do Projeto Pixinguinha de 1981

Mídias deste texto

Imagens (3 imagens)

Áudios (18 áudios)

  • < play >
    00:00 vol
    subir
    • Chão de estrelas – Carlos José

    • A deusa da minha rua – Carlos José

    • Lua de São Jorge – Carlos José

    • O bêbado e a equilibrista / Tô voltando / Desesperar jamais / O trenzinho caipira – Viva Voz

    • Tristonha / Gaivota – Viva Voz

    • Viagem / Gente humilde – Carlos José

    • Agonia – Carlos José

    • Bela bela – Viva Voz

    • Aliás / Adeus – Carlos José e Viva Voz

    • Castigo – Carlos José

    • Castigo (cont.) – Carlos José

    • Ouça – Carlos José

    • Modinha – Carlos José

    • Até pensei – Carlos José

    • Patativa – Viva Voz

    • Vagabundo – Viva Voz

    • Por aqui – Viva Voz

    • Falando de amor – Carlos José e Lu Medeiros (Viva Voz)

    descer

Tradição das mais antigas na música brasileira, a seresta virou atração do Projeto Pixinguinha na temporada de 1981. Seu representante foi o cantor, compositor e violonista Carlos José, que estreava no Projeto emprestando seu vozeirão a valsas, sambas e sambas-canção de sucesso, como A Deusa da Minha Rua (Jorge Faraj e Newton Teixeira), Da Cor do Pecado (Bororó) e Castigo (Dolores Duran). Na turnê realizada entre 30 de março e 18 de abril de 1981, o seresteiro foi acompanhado pelo conjunto Viva Voz e pela cantora Terezinha de Jesus, com apresentações em Niterói (RJ), Rio de Janeiro, Londrina (PR), Florianópolis, Blumenau (SC) e Joinville (SC). Ouça o espetáculo na íntegra na galeria de áudios.

A direção artística do espetáculo foi entregue ao produtor e pesquisador Ricardo Cravo Albin, que ficou responsável também pelo texto do programa impresso. Nele, apresentava Carlos José como um artista que “há quase 25 anos abraçou o Brasil permanente, o eterno, o talvez mais difícil numa sociedade musicalmente consumista”, apesar do “timbre cuja elasticidade poderia fazê-lo um cantor meramente comercial”. Sua primeira gravação foi em 1957, com um disco de 78 rotações em que lançou o samba-canção Ouça (Maysa) e lhe valeu o título de “revelação de 1958”. Assim, o paulistano Carlos José pôs fim a uma carreira iniciante de advogado e começou sua carreira de seresteiro, que em 1981 já contabilizava 26 discos lançados. Leia o programa do espetáculo na galeria de imagens.

Segundo Cravo Albin, foi “a partir da casa/ambiência/espírito brasileiro de Carlos José” que surgiu o conjunto Viva Voz, na segunda metade da década de 70, tendo como componente a cantora Lu Medeiros, filha do intérprete. Formado ainda por Belva Reed, Bia Paes Leme, Soraya Nunes, Ary Sperling (também violonista) e Ronaldo Nascimento (voz e contrabaixo), o grupo fazia sua terceira participação no Projeto Pixinguinha, depois de turnês em 1979 (com Maria Lúcia Godoy e Miguel Proença) e 1980 (com Sérgio Ricardo e Maurício Tapajós).

Embora não tenha sobrevivido além da metade dos anos 80, o conjunto apadrinhado por Maurício Tapajós deixou contribuições expressivas para a música popular brasileira, como três sambas lançados em 1979: O Bêbado e a Equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc), Tô Voltando (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro) e Desesperar Jamais (Ivan Lins e Vitor Martins). Todos caíram na boca do povo e se tornaram hinos informais dos combatentes à ditadura militar, tornando o sexteto conhecido como “os cantores da anistia”.

Já a cantora potiguar Terezinha de Jesus chegava à temporada de 1981 com três anos de carreira, dois LPs gravados e uma participação no Projeto Pixinguinha, em 1979, com o baiano Moraes Moreira e o alagoano Djavan. No texto de Cravo Albin, a intérprete é definida como uma artista que “optou pelo Som Brasil e foi buscar suas raízes mais profundas, entre elas a força da música do Nordeste e o dengue da canção romântica”. Completando o time de músicos da caravana de serestas, sambas e música nordestina, participavam do espetáculo o baterista Iberê Roza e o acordeonista Teodorico.

Nota: por não termos conseguido a autorização para o uso das gravações de Terezinha de Jesus, disponibilizamos apenas os áudios das músicas interpretadas por Carlos José e Viva Voz.

Compartilhe!

Caro usuário, você pode utilizar as ferramentas abaixo para compartilhar o que gostou.

Comentários

2

Deixe seu comentário

* Os campos de nome, e-mail e mensagem são de preenchimento obrigatório.

AONDE ANDA CARLOS JOSE

enviado em 3 de junho de 2011

POR FAVOR, DE-ME NOTICIAS DE CARLOS JOSE, ESTE MENESTREL DA MUSICA SERESTEIRA, CARLOS JOSE DE PIXINGUINHA. PRECISAMOS DOS SEUS CONTADOS PARA SHOWS. PRECISAMOS REVE-LO E NELE MATAR AS SAUDADES DE PIXINHUINHA E DELE. DRa OLGA RODRIGUES G DIAS. GOVERNADOR VALADARES MG

    maria.cristina

    enviado em 13 de junho de 2011

    Olá! Infelizmente não temos o contato de Carlos José. Abraços!

Textos

leia todos os 212 textos deste acervo »

Imagens

veja todas as 301 imagens deste acervo »

Áudios

ouça todos os 783 áudios deste acervo »

Vídeos

veja todos os 88 vídeos deste acervo »

  • Cachaça, árvore e bandeira – Moacyr Luz

    Cachaça, árvore e bandeira - Moacyr Luz

    Shows
  • DVD Funarte – Pixinguinha 2005 – Documentário – parte 10 de 10

    DVD Funarte – Pixinguinha 2005 – Documentário - parte 10 de 10

    Documentários
  • DVD Funarte – Pixinguinha 2006 – parte 05 de 05

    DVD Funarte – Pixinguinha 2006 – parte 05 de 05

    Documentários