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Foto Carlos nos anos 40: ‘César e Cleópatra’

Dulcina de Moraes e elenco em ação em 'César e Cleópatra', em 1944 (Foto Carlos.Cedoc/Funarte)

Dulcina de Moraes e elenco em ação em 'César e Cleópatra', em 1944 (Foto Carlos.Cedoc/Funarte)

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Grande dama do teatro brasileiro nas primeiras décadas do século 20, Dulcina de Moraes interpretou mulheres importantes da História: de Helena de Troia a Joana D’Arc; de Marquesa de Santos a Cleópatra. Esta última na peça César e Cleópatra, de 1944, encenada por sua companhia Dulcina-Odilon, marcando a estreia de uma série de espetáculos do grupo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Por vários aspectos a companhia Dulcina-Odilon entrou para a história do teatro brasileiro. A começar pela valorização do conceito de repertório, encenando grandes autores como Bernard Shaw (que assina este César e Cleópatra) e García Lorca. O grupo também inovou ao subverter certas práticas das companhias da época: aboliu, por exemplo, a presença do “ponto”, pessoa que ficava escondida para “soprar” o texto para o ator; determinou que segunda-feira era dia de folga para o elenco, em tempos em que as apresentações eram diárias; e impôs um trabalho de cenografia bem mais elaborado do que se via até então.

De acordo com o livro Cem Anos de Teatro em São Paulo, a montagem carioca de César e Cleópatra não foi uma unanimidade de crítica, mas ninguém deixou de citar seu esforço renovador. Em uma delas, o autor escreveu “Dulcina construiu uma Cleópatra à sua maneira bem conhecida”, salientando seu estilo exagerado. Em entrevista ao jornal O Globo em 4 de fevereiro de 2009, Sergio Britto afirmou: “Hoje ela seria considerada artificial. Mas era a jogada dela, o charme dela. E era outra época. Dulcina sempre imprimia sua personalidade em seus papéis. Quando ela fez César e Cleópatra, de Bernard Shaw, sentada sobre as pirâmides, falava: ‘Cesinha, vem cá’ (risos). Isso não era Shaw, era Dulcina”.

O espetáculo teve música de Leon Gomberg, figurino de Osvaldo Mota, coreografia de Décio Stuart, cenários de Anahory, Gilberto Trompowsky e Valentim. Esta é uma das montagens registradas pelo Estúdio Foto Carlos na década de 40. O Centro de Documentação (Cedoc) da Funarte conta com 87 imagens digitalizadas. Veja algumas delas na galeria.

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