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Oduvaldo Vianna: um inovador no teatro, no rádio e no cinema brasileiros

Oduvaldo Vianna. Fotógrafo não identificado. Cedoc- Funarte

Oduvaldo Vianna. Fotógrafo não identificado. Cedoc- Funarte

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(texto de 2006)

Nascido a 27 de fevereiro de 1892, no Brás (São Paulo), Oduvaldo Vianna faleceu no Rio de Janeiro, em 30 de maio de 1972. Filho de dona Leonor e do professor Justiniano Vianna, aos 10 anos, juntamente com o colega de escola e amigo Afonso Schmidt, fundou o jornalzinho Zig-Zag; mais tarde, os dois criaram o Aurora Paulistana, órgão de lite­ratura, humorismo e crítica. Aos 14 anos, Oduvaldo escreveu Hora de Angústia, livro de poesias que, segundo ele, “tinha a alegre irresponsabilidade dos poemas precoces”. Iniciou sua carreira profissional aos 17 anos, como su­plente de revisor do Diário da Manhã, além de trabalhar como repórter e redator de A Platéia. Nesse mesmo ano, unindo-se a um grupo de sonhadores, fundou o semanário O Momento.

No entanto, seu Justiniano sonhava em ver o filho com um diploma e, para atender ao pai, Oduvaldo entrou para a Escola de Odontologia de São Paulo. Não chegou a completar o curso e foi trabalhar como escriturário e bibliotecário no Instituto Bacteriológico. Porém, não se afastou inteiramente da vida jornalística, continuando a colaborar em A Platéia, em que escrevia seus contos humorísti­cos. Em 1914 viajou como corres­pondente de guerra do jornal para Portugal e Espanha. Mas existe uma outra versão, segundo a qual Oduvaldo teria zarpado para a Europa movido pela paixão por uma bailarina espanhola. Seja lá como for, o certo foi que ele se viu numa difícil situação fi­nanceira em Lisboa, onde escreveu e vendeu, com o apoio de André Brun, Feira de Ladra, livro de contos humorísticos publicado em 1916 nessa cidade.

Voltando ao Brasil em 1915, Oduvaldo Vianna resolveu acumular as funções de funcionário público com as de redator do Diário da Noite. Ainda nesse ano, participou de um concurso de comédias em um ato, no Rio de Janeiro, com a peça Amigos de Infância, sendo premiado em ter­ceiro lugar. Largou tudo em São Paulo, inclusive o emprego, embarcando para a capital da Repú­blica em 1916 para assistir à montagem de sua peça, aqui permanecendo com o firme propósito de aventurar-se na carreira teatral. Nesse mesmo ano estrearia, na capital paulista, uma opereta de sua autoria, A Ordenança do Coronel.

Para sustentar sua vocação até que a sorte lhe sorrisse, Oduvaldo trabalhou em vários jor­nais cariocas (A Razão, A Rua, Gazeta de Notícias etc.), além de colaborar em tantos outros. Ao mesmo tempo, trabalhava de dia no jornal A Noite e, à noite, em O Dia. Ligado à turma de inte­lectuais boêmios, turunas e quixotes, caricaturistas das revistas O Malho, A Tagarela, Rio-Chic, O Riso e D. Quixote, Oduvaldo também colaborava para algumas delas. Não foi preciso esperar muito para que seu talento como comediógrafo explodisse. Exercitou-se não só na elaboração de peças para o chamado “teatro ligeiro” (burletas, operetas, vaudevilles e revistas), como se tornou um dramaturgo conhecedor da carpintaria teatral, das regras da construção dramática, da técnica do jogo de cena. Infiltrou-se nos bastidores dessa arte fascinante, transformando-se em um “rato de teatro”, como costumava chamá-lo seu amigo Lima Barreto.

Já em 1917, atuando ativamente nos meios jornalístico e teatral, ele entrou na luta pela regula­mentação dos direitos autorais, participando como fundador da primeira diretoria da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT), ao lado de Paulo Barreto (João do Rio), Viriato Correa, Raul Pederneiras, Bastos Tigre, Avelino de Andrade e Agenor Carvoliva. Mais tarde, em 1932, seria eleito conselheiro perpétuo da instituição.

O ano de 1919 foi bastante promissor para o autor, com nove peças encenadas, entre elas, Amor de Bandido, que rendeu mais de cem representações. Dela faziam parte Vicente Celestino, Abigail Maia e o maestro Heitor Villa-Lobos. Segundo Oduvaldo, “o sucesso da peça deveu-se ao fato de uma corista do elenco ter sido assassinada pelo amante com 27 facadas”. Depois vieram: O Almofadinha, O Clube dos Pierrots, Viva a República e Flor da Noite. Foi no Teatro Trianon que teve início o movimento pela nacionalização do nosso teatro e Oduvaldo Vianna era, certamente, o seu grande líder. Tanto que, em 1921, estava ele à frente de uma campanha pela adoção da prosódia brasileira no palco, substituindo o “tu” lusitano pelo “você” brasileiro.

Suas primeiras comédias de costumes de temas regionais e urbanos, lançadas no Teatro Trianon, foram Terra Natal (1920), A Casa do Tio Pedro (1920), Manhãs de Sol (1921) e A Vida é um Sonho (1921).

Em 1923, Oduvaldo Vianna dirigia uma nova empresa formada com sua mulher, a Compa­nhia Brasileira de Comédias Abigail Maia, partindo em excursão para o sul do país, e de lá para Montevidéu e Buenos Aires, com Última Ilusão. Foi a primeira companhia brasileira a atravessar nossas fronteiras levando para o exterior artistas e repertórios nacionais. Oduvaldo Vianna foi saudado pela imprensa como um bandeirante no campo da cultura. Esse pioneirismo valeu-lhe um voto de louvor da Câmara dos Deputados; outro, da Academia Brasileira de Letras; e um pergaminho do Conselho Municipal.

Retornando da excursão aos países platinos, Oduvaldo anunciou nos jornais de São Paulo a nova temporada da Companhia de Comédias de Prosódia Brasileira, assumindo, com esse gesto, uma posição revolucionária no cenário teatral. Havia os que prognosticavam a morte do teatro, em vista do domínio acelerado do mercado pelo cinema. Com a ideia de “salvar o teatro” do perigo do cinema, Oduvaldo Vianna, dirigindo a Companhia Brasileira de Sainetes Abigail Maia–Raul Roulien, organizava um teatro breve, num só ato, no qual estavam presentes todas as nacionalidades que compõem as colônias de imigrantes. Apresentou o sainete O Castagnaro da Festa (1928).

Oduvaldo coloca em cena cerca de 30 peças estrangeiras, a maioria traduzida e adaptada por ele, numa tentativa desesperada diante de uma crise evidente. Era um dos poucos que resistiam às crises, inventando saídas para resguardar o teatro, criando motes publicitários. Ele foi para os Estados Unidos, em no­vembro de 1929, estudar as técnicas do filme sonoro e verificar a possibilidade de produzi-los no Brasil. Ao voltar, seis meses depois, não conseguindo apoio para o seu projeto de montar um estúdio cinematográfico, resolveu co­locar no palco um pouco do que assistira em Hollywood e na Broadway, através da sua Compa­nhia Brasileira de Espetáculos Modernos. Em parceria com Luiz Iglezias, escreveu a revista teatral Diz Isso Cantando – na qual foi lançado o samba Boneca de Piche, de Ary Barroso – e a comédia musical Um Tostãozinho de Felicidade, já na linha teatral, visual ou espetacular do italiano Giulio Bagaglia.

Em 1931, ao passar por temáticas e estruturas “pirandellianas”, com peças que traziam a pro­posta de um metateatro ou o jogo do teatro dentro do teatro, a dramaturgia de Oduvaldo Vianna cresceu e amadureceu. São dessa fase: O Vendedor de Ilusões, O Homem que Nasceu Duas Vezes e Feitiço. Criou ainda outros sucessos, como Sorriso de Mulher, mas… que Mulher!, A Canção da Felicidade, Mascote, entre outras. Porém, sua obra atinge a culminância com Amor, sátira social deno­minada comédia-filme. Escrita e colocada em cena no Teatro Boa Vista em 7 de setembro de 1933, pela Cia. Dulcina-Odilon, e sob a direção do próprio autor, Amor se propunha a causar uma revolução nos meios cenográficos com sua temática freudiana, 38 quadros sem intervalos, 16 ambientes montados em cinco palcos, sendo a história narrada em flash-back, com cenas fragmentadas e simultâneas, apoiadas por diálogos curtos e sincopados, numa dinâmica cinematográfica. Esta peça percorreu toda a América Latina, Estados Unidos e Portugal.

O teatro encenado por Oduvaldo Vianna não só preparou o terreno onde germinaria a dramaturgia rodri­gueana, como também antecipou muitos procedimen­tos técnicos considerados inovadores, mar­cando sua passagem como um dos principais precurso­res do teatro brasileiro moderno. Já separado de Abigail Maia, Oduvaldo casou-se com Deuscélia em 11 de março de 1935, embarcando para Buenos Aires a convite da atriz Paulina Sigerman para dirigir os ensaios de Amor. A peça estreou naquela capital e permaneceu em cartaz por mais de um ano, de onde era também irradiada todas as noites.

Seu sonho de fazer cinema só se realizou em 1936, quando roteirizou, produziu e dirigiu, nos estúdios da Cinédia, Bonequinha de Seda, um dos primeiros filmes sonoros do cinema nacio­nal. Em 1937 Vianna iniciou a produção e a direção de Alegria, mas um desentendimento com a Cinédia interrompeu a filmagem antes mesmo da sua conclusão. O roteiro foi adaptado, mais tarde, para uma radionovela e, posteriormente, para uma peça teatral (1950).

Depois de dirigir uma fita em Buenos Aires (1938), El Hombre que Nasció dos Veces – versão da sua peça homônima – Oduvaldo Vianna só voltaria a fazer cinema em 1949, quando dirigiu o longa-metragem Quase no Céu e o curta-metragem Chuva de Estrelas, para o Estúdio Cinematográfico Tupi.

No período que vai de 1935 até meados de 1939, Oduvaldo ocupou a direção da Es­cola de Arte Dramática Municipal (atual Escola de Teatro Martins Pena), para a qual foi desig­nado também professor para os cursos de Arte de Representar e de História do Teatro no Instituto das Artes.

Depois de decretado o Estado Novo, em 1937, as condições políticas tornaram-se ainda mais complicadas em todo o país e as possibilidades de trabalho ficaram bastante restritas. O casal Vianna resolveu, então, mudar-se para a Argentina, onde o campo profissional lhe parecia mais promissor, embarcando para Buenos Aires a 17 de novembro de 1939. Embora os primeiros contatos com o rádio tenham acontecido em 1933, na Record de São Paulo – onde Oduvaldo Vianna usava o pseudônimo de Mário Floreal – após desiludir-se com o tea­tro e o cinema, ele resolve adotar nova carreira, a de radialista, como autor e diretor de radiotea­tro. Vislumbrava no rádio a possibilidade de levar o teatro, através das ondas sonoras, a milhões de ouvintes. Quando foi convidado a trabalhar na Rádio El Mundo de Buenos Aires, em 1939, Oduvaldo também se iniciou como radionovelista – além de fazer jornalismo e cinema – e se deu tão bem que, segundo suas próprias palavras, até o público se esqueceu de que ele era um homem de teatro.

No ano seguinte, ao voltar para o Brasil, Oduvaldo trouxe todo um pacote de scripts que ofereceu a várias emissoras do Rio e de São Paulo, sem o mínimo resultado. Naquela época, ninguém acre­ditava na receptividade que as radionovelas viriam a ter mais tarde. Meses depois, aceitou convite para dirigir a Rádio São Paulo, introduzindo naquela emissora o gênero que o consagraria e que o tornou, de fato, o primeiro autor a lançar uma radionovela brasileira. Predestinada foi ao ar em setembro de 1941, batendo recordes de audiência e sendo seguida por muitas outras, como Renún­cia, Fatalidade, Recordações de Amor, Céu cor-de-rosa, Alegria, Primeiro Amor, Suspeita, Calú­nia, Farol da Esperança etc., algumas em parceria com sua mulher Deuscé­lia. Um acordo com a Rádio Nacional propiciou o lançamento concomitante dessas radionovelas pela emissora do Rio de Janeiro.

Foram mais de 20 anos de dedicação ao radioteatro, como autor e diretor de mais de 200 radionovelas. Em 1944, Oduvaldo entrou na sociedade de uma nova estação de rádio, a Panamericana, levando com ele quase todo o elenco de radioteatro da Rádio São Paulo. Ele buscou, no Rio de Janeiro, atores e escritores, como Mário Lago, Osvaldo Louzada, Dias Gomes, Hélio do Soveral, Vicente Celestino e Gilda de Abreu. Na Panamericana, foram lançados radioteatros seriados, como Madame Petibala; Isso Mexe, não Mexe? Mexe…; Como Nasceram as Melodias; Um Bate-papo das Mulheres Surdas; Bola de Cristal; e o Grande Teatro Panamericano, introduzindo a novela Enjeitada.

A nova estação não durou um ano, entrando em crise por falta de capital. Depois de vendida, Oduvaldo assinou contrato com a Rádio Difusora São Paulo, no início de 1945, levando com ele toda a equipe que o acompanhava e que incluía Janete Clair, Walter Avancini, Lima Duarte, Laura Cardoso, Vida Al­ves, Dionísio Azevedo, Paulo Goulart, Lia de Aguiar, César Monteclaro, Gessy Fonseca e outros tantos famosos.

Permaneceu oito anos nas Emissoras Associadas e produziu, nessa fase, a maior parte da sua dramaturgia radiofônica. Na Difusora, Oduvaldo lançou algumas séries de radioteatro: Pensão Familiar Beco do Paraíso (comédia), Encontro com a Morte (misté­rio) e Obrigado, Doutor (drama), e cerca de 170 novelas. Chegou inclusive a declarar: “Sou um industrial de romances em série. Já não sou escritor, sou uma máquina de escrever”.

A carreira de Oduvaldo Vianna foi toda norteada por posições políticas assumidas. Nas elei­ções para a Constituinte de 1946, ao concorrer à vaga de deputado federal por São Paulo, pelo Partido Comunista Brasileiro, conquistou a primeira suplência. Porém, no ano seguinte, o PCB foi colocado na ilegalidade, sendo seus parlamentares cassados. Logo vieram as perseguições políti­cas, com sérias consequências na vida profissional do artista, culminando com sua demissão das Emissoras Associadas, em 1953. Passados dois anos, Assis Chateaubriand convidou-o para dirigir a TV Tupi do Rio de Janeiro e ele aceitou, mas permaneceu apenas quatro meses no novo veículo (de junho a outubro de 1955).

No ano seguinte, Oduvaldo Vianna foi contratado pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro como produtor e ensaiador de radioteatro, tendo um contrato à parte para escrever novelas e pro­gramas de radioteatro seriado, como Meu Papinho Predileto e Marlene, Meu Bem. Desde 1942 já fornecia novelas para a emissora, mas a partir de então lan­çou mais de 20 novas radionovelas durante os quase oito anos em que trabalhou na Nacional. Em março de 1964 seria afastado como subversivo, fazendo parte de uma lista da qual constavam os nomes de 67 artistas e profissionais da emissora, tendo seus direitos políticos cassados poucos meses depois. Suas novelas continuaram a ser transmitidas, ape­sar de omitirem a autoria.

O rádio brasileiro, nascido oficialmente em 1922, teve seu amadurecimento nos anos 30, chegando ao apogeu nas décadas de 40 e 50. O sucesso obtido com as primeiras radionove­las proporcionou uma febre de histórias seriadas que acompanhou, por mais de duas décadas, o auge do rádio, fenômeno que se alastrou por toda a América Latina até a chegada da televisão. Os melodramas folhetinescos, bem como suas filhas diletas, a radionovela e a telenovela, até hoje são considerados por alguns críticos e intelectuais como produto de um meio menor. No en­tanto, a telenovela tem suas raízes plantadas na melodramática novela de rádio — matriz e labo­ratório desse folhetim eletrônico — hoje, produto cultural de exportação.

Oduvaldo Vianna produziu alguns roteiros para televisão e teleteatros para emissoras cariocas. Uma peça teatral e uma novela, ambas de sua autoria (Mas, que Mulher! e Fatalidade), foram adaptadas por ele próprio para telenovelas. Já Renúncia e Marcados pelo Amor são radiono­velas suas, mas adaptadas por outros autores para a TV. Sua peça Amor foi levada no Grande Teatro Tupi sob a direção de Sérgio Britto.

Oduvaldo Vianna ocupa na dramaturgia nacional lugar de destaque como um inovador que, através de vários veículos e gêneros, fez a transição entre o erudito e o popular, desde a sua defesa e luta pela prosódia brasileira no teatro — uma arte de elite — até trazer para o rádio, um veículo de massa, a linguagem coloquial, direta e popular. Esse artista de múltiplas atividades recebeu de seu não menos importante e famoso filho, Vianninha, estas merecidas palavras: “Nem a censura, nem as pressões dos empresários impediram que Oduvaldo Vianna se tornasse um inovador no rádio, no teatro e no cinema”.

Saiba mais sobre Oduvaldo Vianna:

COSTA, Jeanette Ferreira da. Da Comédia Caipira à Comédia-filme: Oduvaldo Vianna, um Renova­dor do Teatro Brasileiro. Dissertação de mestrado, CLA – UNIRIO, Rio de Janeiro, 1999.

__________. A Dramaturgia Radiofônica de Oduvaldo Vianna. Tese de doutorado, CLA – UNIRIO, Rio de Janeiro, 2005.

MAGALDI, Sábato & VARGAS, Maria Tereza. Cem Anos de Teatro em São Paulo. São Paulo: Senac, 2000.

SAROLDI, Luiz Carlos & MOREIRA, Sônia Virgínia. Rádio Nacional – o Brasil em Sintonia. 2.ed. Rio de Janeiro: Martins Fontes; Funarte, 1988.

VIANNA, Deocélia. Companheiros de Viagem. São Paulo: Brasiliense, 1984.

Sobre o Autor, Por Jeanette Ferreira da Costa

Pesquisadora teatral.

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Comentários

1

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joao batista esteves alves

enviado em 8 de janeiro de 2011

A memória da cultural brasileira precisa de muitos, mas muitos esforços de resgate como este, empreendido por Jeanette Costa. Belo trabalho!

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